terça-feira, 10 de setembro de 2013

Café com Siéllysson entrevista o músico Rinaldo Vitorinni



Entrevista 06



O músico que é orgulho da cidade de Santa Rita, bebe da influência flamenca e da bossa nova, arrasa nos shows tocando de maneira diferenciada Aquarela do Brasil, foi citado pela revista mais influente do país. Café com Siéllysson entrevista o jovem produtor musical Rinaldo Vitorrini


SIÉLLYSSON - Desde quando você toca violão?
RINALDO - Desde os 17 anos, mas a vontade já vinha desde os 5 quando fiz minha primeira composição.

SIÉLLYSSON - Por que escolheu o título de “Afinidades” para seu CD?
RINALDO - Porque o CD reúne todas as influências musicais que trilham o meu modo de compor. Música brasileira, jazz e o flamenco.

SIÉLLYSSON - Seu álbum Afinidades foi comentado pela maior revista de música do mundo Rolling Stone. Que sensação essa notícia lhe trouxe?
RINALDO - Foi uma surpresa ver meu CD indicado pela revista. Fiquei sabendo meses depois por meio de uma amiga que me ligou. A sensação é de felicidade pelo reconhecimento dos anos investidos pra ser um artista.

SIÉLLYSSON - Você passou uma temporada em São Paulo para divulgação do seu CD. Valeu à pena? Por que escolheu a cidade de São Paulo para essa divulgação?
RINALDO - Foram noves meses de alegria e desconforto. Alegria porque a cidade oferece tudo que você precisa como artistas (oportunidades). Fiz grandes amizades por lá. Desconforto por você não está em casa, isso é muito ruim pra quem está acostumado a estar entre amigos. Valeu a pena sim. A cidade me ofereceu tudo que precisava e conquistei coisas que não esperaria, o CD na Rolling Stone é uma delas. Inclusive recentemente veio de lá [São Paulo] uma proposta para gravação de outro CD com uma turnê pela Europa. Mas tive que recusar por causa de outro projeto em andamento, a escola de música. Coisas da vida... (risos)

SIÉLLYSSON - O Álbum Afinidades engloba vários estilos musicais como samba, música flamenca, bossa nova, baião, valsa, todos com muita harmonia. Mas qual é o seu estilo preferido?
RINALDO - Não escolheria um estilo porque isso vai muito do meu momento. Eu gosto de música. Qualquer possibilidade tem que ser explorada. Atualmente estou ouvindo fado, em especial a cantora Mariza. Estou ensaiando com uma fadista portuguesa que me emprestou sua guitarra portuguesa. Acredito que num próximo CD teremos “temperos” de fado na minha música.

SIÉLLYSSON - Um jornalista e produtor de São Paulo, Toninho Spessoto escreveu “Vitorinni mostra inspiração como autor e perícia no trato com o violão”. De onde vem inspiração para compor?
RINALDO - A ideia surge, claro, mas o desenvolvimento depende da técnica e do conhecimento. Por isso busquei em cada música do meu cd dá a sua linguagem própria de cada estilo Confesso que não espero muito inspiração chegar. Isso tem que ser resultado de constantes estudos e experimentos. Tem que fazer o dever de casa todo dia.

SIÉLLYSSON - Durante anos você e o cantor Cleyton Ferrer tocavam na noite pessoense. Isso foi uma fase ou ainda continuam realizando shows na noitada de João Pessoa?
RINALDO - Tocávamos com mais frequência em bares e em festas quando o nosso objetivo principal era esse. Hoje raramente tocamos juntos, só quando aparece algum evento. O tempo foi passando e cada um foi buscando seu espaço no que mais gostava de fazer. Mas a amizade e a parceria continuam.

SIÉLLYSSON - Você viveu do seu trabalho como artista, ensinando partitura, fazendo shows, tocando em casamentos. Agora, você está materializado num CD. Qual a importância disso para um músico?
RINALDO - O mercado exige que você tenha um trabalho. Como poderia dizer que sou escritor e não tenho um livro publicado? Com o músico acontece o mesmo. O CD é seu cartão de visita ele vai onde você não conseguiria chegar sem ele. Hoje os principais sites de venda de mp3 vendem minhas músicas como o Imusica da Somlivre, MSN, Samsung, claro idéias, etc. Se minha obra está eu estou lá também.

SIÉLLYSSON - Você também é produtor musical. O que gosta mais de fazer: compor ou fazer shows?
RINALDO - Fazer shows é sem dúvida a melhor coisa. Gosto de gravar, fazer arranjos, também, mas é um trabalho solitário. O calor do público é insubstituível.

SIÉLLYSSON - Mesmo com um público fiel em Santa Rita, hoje você mora em João Pessoa onde tem sua escola musical. Qual a importância do município de Santa Rita em sua vida?
RINALDO - Não tenho o que reclamar da cidade de Santa Rita, as pessoas sempre adoraram meu trabalho. Foi aí que tudo começou. Tenho projetos pra cidade. Ainda não é o momento, mas espero fazê-lo.

SIÉLLYSSON - Que mensagem você deixa para os jovens que querem ser músicos e que estão lendo este blog?
RINALDO - Estudar e procurar tocar música de qualidade, estas não passam e tem público fiel. Outra coisa é ter humildade e não reclamar de nada e se acompanhar das pessoas certas que podem te ajudar. Muitas pessoas me ajudaram e com certeza cada uma tem um papel muito importante na minha carreira. Não sei de onde elas vieram, mas a gente se encontrou e tudo está dando certo até agora. Quando puder contribua para o crescimento de outra pessoa também, isso voltará pra você. Pode ter certeza. Abraço

As imagens acima são do acervo pessoal do músico. Arte: Siéllysson
(hoje Rinaldo Vitorinni é professor e dono da Escola de Música Talentus e tem um site de vendas com o mesmo nome)

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