Entrevista 06
O músico que é orgulho da
cidade de Santa Rita, bebe da influência flamenca e da bossa nova, arrasa nos
shows tocando de maneira diferenciada Aquarela
do Brasil, foi citado pela revista mais influente do país. Café com Siéllysson entrevista o jovem
produtor musical Rinaldo Vitorrini
SIÉLLYSSON - Desde quando você toca
violão?
RINALDO - Desde os 17 anos, mas a vontade já
vinha desde os 5 quando fiz minha primeira composição.
SIÉLLYSSON - Por que escolheu o título de
“Afinidades” para seu CD?
RINALDO - Porque o CD reúne todas as influências
musicais que trilham o meu modo de compor. Música brasileira, jazz e o
flamenco.
SIÉLLYSSON - Seu álbum Afinidades foi comentado pela maior revista
de música do mundo Rolling Stone. Que sensação
essa notícia lhe trouxe?
RINALDO - Foi uma surpresa ver meu CD indicado
pela revista. Fiquei sabendo meses depois por meio de uma amiga que me ligou. A
sensação é de felicidade pelo reconhecimento dos anos investidos pra ser um
artista.
SIÉLLYSSON - Você passou uma temporada em
São Paulo para divulgação do seu CD. Valeu à pena? Por que escolheu a cidade de
São Paulo para essa divulgação?
RINALDO - Foram noves meses de alegria e
desconforto. Alegria porque a cidade oferece tudo que você precisa como
artistas (oportunidades). Fiz grandes amizades por lá. Desconforto por você não
está em casa, isso é muito ruim pra quem está acostumado a estar entre amigos.
Valeu a pena sim. A cidade me ofereceu tudo que precisava e conquistei coisas
que não esperaria, o CD na Rolling Stone é uma delas. Inclusive
recentemente veio de lá [São Paulo]
uma proposta para gravação de outro CD com uma turnê pela Europa. Mas tive que
recusar por causa de outro projeto em andamento, a escola de música. Coisas da
vida... (risos)
SIÉLLYSSON - O Álbum Afinidades engloba vários estilos musicais como samba, música
flamenca, bossa nova, baião, valsa, todos com muita harmonia. Mas qual é o seu
estilo preferido?
RINALDO - Não escolheria um estilo porque isso
vai muito do meu momento. Eu gosto de música. Qualquer possibilidade tem que
ser explorada. Atualmente estou ouvindo fado, em especial a cantora Mariza.
Estou ensaiando com uma fadista portuguesa que me emprestou sua guitarra
portuguesa. Acredito que num próximo CD teremos “temperos” de fado na minha
música.
SIÉLLYSSON - Um jornalista e produtor de
São Paulo, Toninho Spessoto escreveu
“Vitorinni mostra inspiração como autor e perícia no trato com o violão”. De
onde vem inspiração para compor?
RINALDO - A ideia surge, claro, mas o
desenvolvimento depende da técnica e do conhecimento. Por isso busquei em cada
música do meu cd dá a sua linguagem própria de cada estilo Confesso que não
espero muito inspiração chegar. Isso tem que ser resultado de constantes
estudos e experimentos. Tem que fazer o dever de casa todo dia.
SIÉLLYSSON - Durante anos você e o cantor
Cleyton Ferrer tocavam na noite pessoense.
Isso foi uma fase ou ainda continuam realizando shows na noitada de João
Pessoa?
RINALDO - Tocávamos com mais frequência em bares
e em festas quando o nosso objetivo principal era esse. Hoje raramente tocamos
juntos, só quando aparece algum evento. O tempo foi passando e cada um foi
buscando seu espaço no que mais gostava de fazer. Mas a amizade e a parceria
continuam.
SIÉLLYSSON - Você viveu do seu trabalho
como artista, ensinando partitura, fazendo shows, tocando em casamentos. Agora,
você está materializado num CD. Qual a importância disso para um músico?
RINALDO - O mercado exige que você tenha um trabalho.
Como poderia dizer que sou escritor e não tenho um livro publicado? Com o
músico acontece o mesmo. O CD é seu cartão de visita ele vai onde você não
conseguiria chegar sem ele. Hoje os principais sites de venda de mp3 vendem
minhas músicas como o Imusica da Somlivre, MSN, Samsung, claro idéias,
etc. Se minha obra está eu estou lá também.
SIÉLLYSSON - Você também é produtor
musical. O que gosta mais de fazer: compor ou fazer shows?
RINALDO - Fazer shows é sem dúvida a melhor
coisa. Gosto de gravar, fazer arranjos, também, mas é um trabalho solitário. O
calor do público é insubstituível.
SIÉLLYSSON - Mesmo com um público fiel em
Santa Rita, hoje você mora em João Pessoa onde tem sua escola musical. Qual a
importância do município de Santa Rita em sua vida?
RINALDO - Não tenho o que reclamar da cidade de
Santa Rita, as pessoas sempre adoraram meu trabalho. Foi aí que tudo começou.
Tenho projetos pra cidade. Ainda não é o momento, mas espero fazê-lo.
SIÉLLYSSON - Que mensagem você deixa para
os jovens que querem ser músicos e que estão lendo este blog?
RINALDO - Estudar e procurar tocar música de
qualidade, estas não passam e tem público fiel. Outra coisa é ter humildade e
não reclamar de nada e se acompanhar das pessoas certas que podem te ajudar.
Muitas pessoas me ajudaram e com certeza cada uma tem um papel muito importante
na minha carreira. Não sei de onde elas vieram, mas a gente se encontrou e tudo
está dando certo até agora. Quando puder contribua para o crescimento de outra
pessoa também, isso voltará pra você. Pode ter certeza. Abraço
As imagens acima são do acervo pessoal do músico.
Arte: Siéllysson
(hoje Rinaldo Vitorinni é professor e dono da Escola de Música Talentus e tem um site de vendas com o mesmo nome)
(hoje Rinaldo Vitorinni é professor e dono da Escola de Música Talentus e tem um site de vendas com o mesmo nome)
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