sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Palestra na ONG Espaço Múltiplo sobre patrimônio da cidade de Santa Rita


A ONG Espaço Múltiplo, no bairro de Tibiri II, em Santa Rita organizou um encontro entre o professor Siéllyssopn Francisco e pessoas interessadas em debater sobre história local e patrimonial. Na tarde chuvosa do dia 14 de julho de 2013. O encontro relembrou no tempo dos engenhos com comidas e bebidas da época dos banguês.  "Debatemos e revivemos tempos passados com fotografias e relíquias de Sandra Alves, do fotógrafo Viégas Photos e trechos do meu primeiro livro 'Santa Rita: a herança cristã do Real ao Cumbe" foi uma experiência muito gratificante", afirma o historiador.

Siéllysson palestra sobre as mudanças da cidade de João Pessoa


No dia 24 de outubro, o professor Siéllysson voltou à Escola CENV, em Santa Rita-PB, para palestrar sobre o desenvolvimento da cidade de João Pessoa. Com iconografias coloniais e imagens do século XIX e XX os alunos acompanharam as mudanças arquitetônicas da capital paraibana. 
Na imagem abaixo o prédio antigo da Energisa que transformou-se na Usina Cultural. Espaço de história, ciência e cultura.



Palestra sobre a origem da cidade de Santa Rita


No dia 16 de outubro de 2012, o professor Siéllysson palestrava para alunos da Escola CENV sobre a origem da cidade de Santa Rita-PB, ilustrada com várias imagens antigas e atuais. Utilizando fotografias do acervo de Viégas Photos.


Siéllysson será homenageado pela Câmara Municipal






Vereador Sebastião do Sindicato: "O Professor e Escritor Siéllysson Francisco será homenageado na Câmara Municipal de Santa Rita no dia 04/09/2013, às 19 horas em sessão especial. Além da homenagem, Siéllysson fará uma apresentação de suas obras. Será um momento importante, pois iremos prestigiar um grande talento de nossa cidade."

Carnaval das Letras


Núcleo Blecaute realiza pelo segundo ano consecutivo um significativo encontro literário em Campina Grande.

por Lau Siqueira

(...) A cidade de Campina Grande, nacionalmente conhecida por realizar o Encontro Para a Nova Consciência no período momesco misturou aos debates esotéricos, às manifestações religiosas e às cultuações do xamanismo, um ousado empreendimento de jovens literatos da Rainha da Borborema. Foi a perseverança e a credibilidade do Núcleo Blecaute de Literatura que possibilitou pelo segundo ano consecutivo um evento que remete ao futuro discussões sobre a literatura feita na terra de Augusto dos Anjos e José Lins do Rego. Ideias e conceitos estéticos, políticas públicas para o livro e para a leitura, articulação entre eventos literários paraibanos, novas tendências da literatura paraibana... Debates qualificados e oportunos que impulsionam a literatura paraibana para o mundo.
O "II Encontro de Literatura Contemporânea - Entre escritores e editores, a trajetória dos livros" coloca definitivamente a maior cidade do interior da Paraíba na rota dos diálogos da literatura contemporânea brasileira. Uma rota que começa a se solidificar no Estado com a abertura de novos caminhos, com o envolvimento de novos atores de uma cena que já desperta a atenção do Brasil. O Encontro de Campina Grande não nasceu isoladamente. Nasceu e cresce dentro de um contexto que absorve uma interação absoluta com o que está sendo fruto do empreendedorismo e da ação militante de escritores, "novos e usados". Em Campina Grande pudemos conferir uma importante articulação estadual a partir de representações nos debates e nas platéias, de escritores e agentes literários de Boqueirão, Nova Palmeira (terra de Zila Mamede), João Pessoa, Sousa e outras cidades do Estado - e até de fora. Sobretudo uma nova mentalidade acompanha os novos escritores e produtores da Paraíba. Além da maturidade no manejo com a linguagem destaco a coragem de abandonar o tradicional e corrosivo culto aos desolados umbigos. Começamos a perceber a tendência para uma ação mais coletiva e mais efetiva que propõe, que empreende e que sustenta debates que vão da produção literária e editorial, passando pelo mercado do livro, pelas políticas públicas para a literatura, chegando às práticas cotidianas de projetos de incentivo à leitura como o projeto Biblioteca Livro em Rodas. Ou seja: os eventos partem do princípio de valorização do nascedouro e da finalidade da cadeia produtiva do livro, valorizando sobremaneira autor e leitor.
(...)
Um dos pontos centrais do evento foi a proposta de articulação que vem sendo empreendida por grupos de escritores, seja do núcleo Blecaute que produz uma revista que já nasceu no melhor padrão do jornalismo literário brasileiro, seja do grupo Caixa Baixa que apesar da curta existência já desponta com um diferencial enorme ao ter nascido propondo o necessário debate acerca do contexto atual da literatura paraibana e brasileira. Algo que espeta em saudável provocação a tentativa de acomodação de determinadas situações, consagrando paralisias e estimulando uma falsa ideia de fim da história.
O evento nos mostrou que existe uma efervescência e uma inquietação que consideramos de suma importância para a consolidação do Estado da Paraíba no cenário nacional da literatura. Estamos vivendo o que podemos chamar de "pré-plenitude" da era das redes sociais e da literatura eletrônica. Ao mesmo tempo temos a configuração de um processo que trouxe para o centro do debate nomes importantes como o professor da UFPB e ficcionista Rinaldo Fernandes, com amplo prestígio nacional e com plena disposição para resgatar a idéia de circulação de escritores nordestinos como forma de fomentar, dentro do mercado do livro, a renovada tradição literária de estados como Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco e outros que sempre se mostraram celeiro da literatura brasileira nos poucos séculos de história que possui a nossa melhor tradição.
Em dois dias de atividades e densa programação, com excelente participação de público e com temas bem posicionados dentro do debate nacional, o Núcleo Blecaute de Literatura, formado pelos escritores Bruno Gaudêncio, Jã Macedo e João Matias de Oliveira, editores da revista Blecaute (http://sites.uepb.edu.br/revistablecaute/), contou com o fundamental apoio institucional da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB e da ONG Nova Consciência. (...)
O evento proporcionou, muito especialmente, as trocas necessárias para uma boa política pública para a literatura em nosso estado. Por exemplo, as experiências administrativas no Memorial Augusto dos Anjos (debate apresentado e conduzido pelo poeta Jairo Cezar), nos ensinaram a acreditar que diante das dificuldades somente a invenção e a perseverança nos permitem seguir em frente. O fato animador de toda esta movimentação é que criou-se, naturalmente, um núcleo de criadores e produtores de eventos literários na Paraíba, partir do interior do Estado, unindo-se e estimulando a produção da capital, até então, com maior visibilidade dentro dos meios literários brasileiros. Estamos, pois, melhor cacifados para solidificar no estado a presença de eventos importantes como o Salão internacional do Livro que em outubro realizará sua segunda edição. Estamos preparados para dialogar com o Brasil de igual para igual com os mais destacados segmentos da literatura. Estamos caminhando para consolidar um processo formativo para o povo paraibano e que influirá positivamente na geração de trabalho e renda, fomentando a economia, no debate sobre a educação e a cultura que irá nos distanciar cada vez mais de uma mediocridade que vai ficando relegada, felizmente, ao lixo da história
Fonte: Jornal Contraponto, Paraíba, 25 a 31 de março de 2011, Caderno B, página 7

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Vídeo: lançamento do livro "O Lado Negro da Fé"

Vídeo sobre o lançamento do livro "O Lado Negro da Fé"
Filmagem: Lulinhas Produções,
Seleção de Cenas: Cleyton Ferrer


Vídeo sobre a cidade de Santa Rita





Vídeo produzido por alunos do Curso de Turismo da UFPB, com orientação de algumas pessoas que trabalham com cultura em Santa Rita, inclusive a mim. Gostei do resultado do vídeo deles.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Livro: Crônicas


Escrever é uma tarefa um tanto difícil para alguns; já para outros, é algo natural que emerge de uma necessidade de interlocução com o mundo, de uma vontade de expressar os sentimentos mais profundos e companheiros da alma. As páginas deste livro traduzem um bom exemplo dessa relação de entrega ao universo da escrita. Com muita criatividade, o autor apresenta acontecimentos de seu cotidiano, envolvendo-se numa sequência de fatos que o permitem construir um cenário narrativo cujo enredo reflete suas representações sobre as pessoas e as coisas da vida. Sem máscaras nem codinomes, Siéllysson revela, por meio dessas narrativas, suas ilusões e seus medos, seus fracassos e anseios, suas vivências e descobertas de modo naturalmente leve e bem-humorado.



Trata-se de uma leitura que possibilita ao leitor uma identificação com situações vividas em seu cotidiano; ao mesmo tempo em que apresenta, tácita ou claramente, reflexões sobre temas de natureza sociocultural e juízos acerca das relações humanas, em suas dimensões concreta e metafísica. Tudo isso faz com que as crônicas compiladas neste livro sejam entendidas como o produto de uma ação de linguagem em que o autor diz sobre si para poder dizer ao outro que é possível se redescobrir olhando para as próprias experiências.


Fábio Pessoa Silva
Doutorando em Linguística
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Crónicas

Se trata de una lectura que permite al lector una identificación con situaciones del cotidiano; a la vez que presenta, de manera tácita o claramente, reflexiones sobre temas de la naturaleza sociocultural y juicios a respecto de las relaciones humanas, en las dimensiones concretas y metafísicas. Ello, hizo con que las crónicas que se compilan en este libro sean comprendidas como el producto de una acción de lenguaje en el que el autor dice de sí mismo con el intuito de mostrar al otro que es posible redescubrirse echando un vistazo a las propias experiencias.

Historiador santarritense descreve o cotidiano em livro



O historiador Siéllysson Francisco estará lançando neste sábado (20 de julho) no Centro Paroquial Padre Francisco, na Praça Getúlio Vargas, às 19:30, o seu mais novo livro, com título simples mas de conteúdo significante, principalmente para os santarritenses, “que se identificarão nessas páginas cotidianas da cidade, das relações humanas que fazem parte do nosso dia-a-dia” explica o autor, que já teve dois livros de história onde a cidade de Santa Rita foi cenário para pesquisa documental.
O Primeiro, “Santa Rita: a herança cristã do real ao Cumbe” Siéllysson descreveu a história do segundo núcleo de povoamento por meio do que restou em patrimônio físico e fotográfico dos engenhos e capelas; no segundo trabalho publicado “O lado negro da Fé” ele deteve-se nas irmandades católicas de negros e pardos que existiram no século XIX em duas cidades paraibana Santa Rita e Areia, no brejo; trabalho este que foi fruto da pesquisa no Mestrado em Ciências das Religiões e que lhe resultou numa indicação ao Prêmio de Direitos Humanos pelo CEDHOR - (Centro de Direitos Humanos Dom Oscar Romero)
No ano de 2010, ano de lançamento do livro "O Lado Negro da Fé”.
Siéllysson mostra-se versátil ao transitar da escrita teórica para a literária “queria uma escrita mais leve, bem mais humorada para meu público jovem que ler meu blog e sites onde eu era colunista, me pedia que escrevesse um livro com essas histórias divertidas, reflexivas. Tive a ideia de compilá-las neste livro que até o fim não encontrava um título certo e resultei num nome simples Crônicas”.
Onde acontecerá o lançamento?
Centro Paroquial Padre Francisco (ao lado da matriz de Santa Rita)
Às 19:30 – Abertura com um show de Rinaldo Vitorinni

Historiador também lança seu terceiro livro



O historiador paraibano, Siéllysson Francisco, já entrevistado neste blog, estará lançando seu terceiro livro, desta vez não se trata de um trabalho de história teórica, mas de histórias do cotidiano descritas em crônicas que foram antes publicadas na internet, tanto em seu blog quanto em sites onde o autor era colunista. “Fiz uma compilação de textos por meio da semelhança, não me preocupei com a ordem cronológica, mas com o tema que costurava os capítulos dando ao livro uma leitura sequencial e divertida.” Explica o autor, que encontrou nas crônicas um novo público. “Jovens me pediram para escrever algo para eles e assim foi feito, mas é um livro reflexivo. Adoro pesquisar fontes, mas não quero só produzir livros de histórias, gosto de crônicas, poemas, romance. Há um tempo para cada coisa e um público para cada tipo de literatura. Espero agradá-los”
Em seu primeiro livro Santa Rita: a herança cristã do real ao Cumbe Siéllysson mergulhou nas fontes históricas para reconstituir o passado da cidade de Santa Rita quando ainda era o segundo núcleo de povoamento da Capitania Real da Paraíba; no segundo trabalho publicado O lado negro da Fé: irmandades de Santa Rita e Arei do século XIX, o autor analisou as irmandades católicas de negros e pardos que existiram na Paraíba do século XIX, mas precisamente em duas cidades paraibana Santa Rita e Areia.
A contribuição de Siéllysson para a história de Santa Rita foi reconhecida pelo Conselho de Cultura que o homenageou, em 2010, na Câmara Municipal, e pelo CEDHOR - (Centro de Direitos Humanos Dom Oscar Romero), no mesmo ano, que o indicou ao prêmio de Direitos Humanos pela contribuição dele na historiografia local, sempre dando voz aos dominados, colonizados e escravizados do passado. Desta vez Siéllysson dará voz às pessoas simples do cotidiano, as dores da existência, aos alunos marginalizados e a si mesmo, afinal de contas, crônicas é um ponto de vista sobre o cotidiano.
O lançamento acontecerá de Crônicas será neste sábado (20 de julho) no Centro Paroquial Padre Francisco (ao lado da matriz de Santa Rita) às 19:30. Abertura com um show do violonista Rinaldo Vitorinni.

Blog Will


Siéllysson por Thayane Moreira



Graduado em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com especialização em História do Brasil pela Faculdade Integrada de Patos e Mestre em Ciências das Religiões pela UFPB, Siéllysson Francisco, que já lecionou história, geografia, artes, ensino religioso, sociologia e filosofia, é natural de Santa Rita e autor de dois livros: Santa Rita: A herança cristã do Real ao Cumbe e O lado negro da fé: Irmandades de Santa Rita e Areia do século XIX.
Sua história com a sua cidade de origem começa na Revolução de 30, quando seus avós paternos vieram do sertão paraibano para Santa Rita em busca de tranquilidade. A atual casa em que Siéllysson reside pertenceu a seus avós, “a música ‘A casa que vovô morou, que meu pai herdou, que passou pra mim’ é real, ela é essa história, porque pertenceu a meu tio, mas que era dos meus avós, foi passado pro meu pai e meus irmãos passaram pra mim, tem um valor simbólico, um valor sentimental, então Santa Rita tem esse valor pra mim”. Outro fator que colaborou para seu amor a essa cidade foi a discriminação que sofria na escola onde estudava em João Pessoa, por ser santarritense, assim a discriminação culminou numa forte identidade com a cidade.
Por ser uma criança muito agitada, teve por consequência déficit de atenção, o que na época não era percebido, seus pais ou professores entendiam o porquê do menino ter tanta dificuldade para aprender, devido a essa dificuldade gerada, Siéllysson desenvolveu certa aversão a escola, o fato de saber que no dia seguinte teria que ir novamente o deixava febril – sem fingimentos. “Eu lembro que uma vez eu disse a minha mãe: ‘Mãe, eu queria morrer’, e mãe ‘oxe menino, por que tu quer morrer?’, eu disse ‘pra não ir pra escola, porque no céu não tem escola’”. Filho do proprietário da escola onde estudava, ele era tratado de forma diferente, o que o fazia fugir da escola e matar aula, até que o seu pai descobriu, lhe deu uma surra e o transferiu para uma escola pública um pouco distante de sua casa, nessa escola teve seu aprendizado facilitado e sua vontade de estudar instigada por uma ótima – e para ele, inesquecível – professora. Após repetir a série (hoje oitavo ano) pela terceira vez – já de volta na escola de seu pai – refletiu sobre o que faria da vida e decidiu estudar, “eu estudei porque eu não queria varrer a rua”. “Sofri muito bulliyng por ter sido reprovado, e tudo aquilo te dá uma sensação de que você não consegue, e ao mesmo tempo eu disse ‘não, mas eu posso, eu quero e aí eu realmente voltei a estudar’ (...) Hoje eu consigo falar tranquilamente sobre isso, mas isso é uma coisa que bloqueou, por mais que eu caminhasse, eu não conseguia superar o garoto da 7° série, porque esse garoto foi prejudicado pelos profissionais, que hoje, alguns, eu trabalho ou já trabalhei com eles.”.
A opção pela licenciatura veio em forma de dívida consigo mesmo, “como meus professores não foram bons profissionais, eu queria fazer diferente. Eu acredito que a gente passa na vida das pessoas e deixa marcas, marcas boas ou ruins, e eu queria deixar marcas boas, eu queria na verdade contribuir na vida de outras pessoas e eu achei que essa seria a forma mais próxima (...) então era um desejo de superação.”. Certa vez, teve que dá uma aula a pedido de uma professora, que juntamente com outros seminários apresentados nas aulas de Artes, percebeu que tinha habilidade e facilidade para dá aula, “a licenciatura eu não vejo só como profissão, vejo como vocação, um dom que vai além”; por ter sido uma criança introspectiva, ao invés de falar sobre seus sentimentos, Siéllysson expressava-os por meio de palavras, assim desenvolveu habilidade nas técnicas da escrita, o que o ajudou a escrever sua monografia na conclusão do curso de História e mais tarde a escrever seus dois livros, cujo primeiro foi produzido na especialização e o segundo foi a dissertação do mestrado. Quando questionado o que lhe dava mais prazer Siéllysson afirmou que lecionar era mais prazeroso do que escrever, “como professor você tá formando cidadãos, tá formando ser humano (...) é mais prazeroso pra lecionar, eu acho que nasci pra isso”, porém reconhece que foi como escritor que ganhou reconhecimento, uma vez que o professor não recebe tal prestígio.
O primeiro livro, Santa Rita: A herança cristã do Real ao Cumbe tem um carinho especial do autor, pois este devia lecionar para o ensino fundamental sobre a história de Santa Rita, no entanto não havia informações suficientes sobre, então o autor saiu pela cidade tirando fotos de monumentos, ruínas, igrejas antigas e engenhos. Tendo em vista todo material fotográfico que havia reunido e a falta de documentos sobre a cidade, se interessou por escrever sobre Santa Rita, para que a lacuna deixada pela falta de boas informações fosse preenchida, todavia não sabia e não tinha recursos para publicar o livro, foi então que após uma palestra onde explanou o projeto do livro, o então prefeito santarritense se interessou e afirmou que financiaria, porém, logo depois mudou de ideia, “ele achou que o livro era caro, que o pedido era grande e que não iria fazer aquilo, rasgou toda papelada que já estava assinada em cartório (...) mexeu muito comigo, porque eu nunca tinha sido humilhado”. Após o ocorrido tentou a ajuda do Fundo de Incentivo à Cultura e conseguiu, assim pode publicar o livro da forma que desejava. Com o segundo livro, O lado negro da fé: Irmandades de Santa Rita e Areia do século XIX, o autor foi indicado ao prêmio Dom Oscar Romero de Direitos Humanos pelo CEDHOR e homenageado na Câmara Municipal de Santa Rita como Mantenedor do Patrimônio Imaterial e Mantenedor do Patrimônio Cultural Histórico Afro-Brasileiro Santarritense, além de o livro ter rendido uma reportagem no programa Correio Espetacular, do Sistema Correio, e ganhou um reconhecimento maior como escritor. Siéllysson conta que publicou este livro com todo salário que havia recebido naquele mês e arcou com todas as despesas, tendo a certeza de que o esforço havia sido válido quando todos os exemplares foram vendidos.
Atualmente, Siéllysson também atualiza um blog, onde divulga seus trabalhos, posta textos de sua autoria e entrevista personalidades santarritenses, “eu tive a ideia de trazer pessoas de Santa Rita, que produz, que produziram (...) comecei a entrevistar artistas, ou nascido em Santa Rita ou que mora na cidade e faz um trabalho bonito, entrevistei psicólogos, artistas, professores, músicos, e cada um com história de vida muito singular.”, ele também está escrevendo um livro de crônicas, onde o tema será o cotidiano de modo geral, “pensei: eu posso escrever uma coisa que vai estimular as pessoas, que vai fazer com que as pessoas percebam que também podem escrever, que podem produzir alguma coisa e bonita”. No momento, o livro de crônica é prioridade para o autor, que não nega que tem ideias para trabalhos futuros, como um livro de artigos de historiadores santarritenses.
O santarritense considera que há uma diferença entre Siel e Siéllysson, o primeiro é o apelido de infância, aquele que todos conhecem, o ser humano; e o segundo é aquilo que este produz, é o mesmo ser humano porém com a visão que a sociedade lhe dá a partir do que é produzido pelo mesmo. 
Texto de Thayane Moreira 
Imagem: Antônio Alves



(MOREIRA, Thayane dos Santos. Siéllysson Francisco. In: Sandra Raquew dos Santos Azevêdo; Lívia Maria Dantas Pereira. (Org.). Perfis em Jornalismo Cultural. 1ed. João Pessoa: Idea, 2014, v., p. 71-74.) ISBN: 978-85-7539-875-3

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