Aos 15 anos, Siéllysson foi convidado de última hora por uma amiga
de escola, Ceiça Farias, para substituir um ator que, por motivos pessoais
largou a equipe de teatro amador dias antes da estréia, “aceitei de imediato
mesmo sendo um garoto tímido, meu papel era de um traficante de pequeno porte
(risos) que morava numa pensão; ele tinha gasto dinheiro da droga e vivia
morrendo de medo de seu superior. Não sei o porquê, mas desde que iniciei com
essa peça só fiz papéis cômicos e personagens atrapalhados, o que me fazia
muito bem, pois me divertia muito”. Estrearam no dia 13 de abril de 1991, no I
Festival de Teatro de Santa Rita-PB, às 19 horas, no Centro João Paulo II,
localizado no Bairro Popular. “Depois nos tornamos uma Companhia de teatro
amador que produzia espetáculos críticos da problemática social brasileira. Fiz
vários personagens infantis até criar o Lezinho,
personagem este, que ao terminar a Companhia, eu resolvi montar um espetáculo
para o Festival Interno de Artes da
Academia de Comércio Epitácio Pessoa, onde cursei o Ensino Médio como
técnico em Administração de Empresas. A peça foi tão aplaudida que perdi a
conta de quantas vezes apresentamos. Os alunos de outros turnos vinham
prestigiar, aplaudiam de pé.”
Com uma nova equipe, Siéllysson adaptou o espetáculo e estreou um
ano depois no Festival de Teatro
Estudantil do Santa Roza - Centro Histórico de João Pessoa-PB. Depois participou
da montagem de dois espetáculos, um adulto e outro infantil, com texto de Maria
Clara Machado, mas seu pai, percebendo a dedicação que ele tinha ao teatro temia
pelos seus estudos, além de sua ausência em casa, resolveu proibi-lo de
continuar no teatro. “Todos que iniciaram no espetáculo Lezinho, estão
envolvidos com arte até hoje, eu faço outro tipo de arte: enfrento salas de
aulas com todo equilíbrio que o teatro popular me deu. Se a maioria dos pais
soubesse o quanto é proveitoso o teatro na vida de um adolescente, incentivaria a prática, pois percebemos a desenvoltura de todos que participam de grupos
cênicos, seja na igreja, na escola ou em comunidades. Acredito que as artes
assim como os esportes ajudam aos adolescentes a serem pessoas do bem. Pelo
menos todos que conheci durante o período em que passei pelo teatro todos se
tornaram cidadãos de bem.”
Por dois anos Siéllysson participou da Paixão de Cristo, em Santa Rita-PB
Por dois anos Siéllysson participou da Paixão de Cristo, em Santa Rita-PB
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