quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sessão de fotos para contracapa 2010

Em junho de 2010 Siéllysson entra em estúdio fotográfico de Lulinha Jr para produzir a imagem que serviria como a contracapa do seu segundo livro O Lado Negro da Fé, as fotos também seriam utilizadas para ilustrar seu site oficial que estava sendo produzido na época, o site não vingou, mas a imagem escolhida por Siéllysson para o livro foi em preto e branco porque segundo ele "ira corresponder ao mesmo padrão do primeiro livro Santa Rita: a herança cristã do Real ao Cumbe" Vejam algumas das fotos:

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sessão de fotos Intimidades, com Siéllysson

Pensando sobre intimidade encontrei um texto lindo da jornalista Marta Medeiros, utilizei um trecho para descrever e nortear uma sessão de fotos onde as imagens fossem vistas de maneira espontânea, natural como a intimidade de uma casa, de uma pessoa; quem realizou este trabalho foi o fotógrafo campinense André Pimentel, em janeiro de 2014.

"Intimidade é não ter vergonha de ser o que a gente é, não precisar explicar coisa alguma, ser compreendido e brigar sabendo que nada irá se romper. Intimidade é não precisar andar na ponta dos pés pelos corredores de uma vida compartilhada."

(Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.)



sábado, 8 de fevereiro de 2014

Entrevista com o cineasta Gláucio Souza para Café com SiéllYsson

Entrevista 26



Ele é incansável pela aprendizagem na arte de fazer cinema, fez da sétima arte sua grande paixão. Pessoas simples e artistas são imortalizadas por sua câmara, como ele mesmo diz que “quero dá-lhes a imortalidade por meio do cinema.” Gláucio Souza é mais um santarritense que faz a diferença.



Graduado em Comunicação Social pela UFPB, participou de formações em cursos pela Cannes e pela NPB voltados para o cinema, eterno estudante de cinema como ele mesmo diz: “Minha formação tem sido construída ao longo do tempo e da observação”. Encantado por arquitetura e decoração, comunicativo e um excelente observador, ele transformou minha tarde e minha casa num espaço criativo onde as cores das frutas e adereços da mesa pudessem ter a harmonia do cinema. Esperou o sol não estourar a luz da câmara, modificou todas as posições do que estava sobre a mesa, rindo disse-me “Sua mesa tem um quê de Almodóvar, você é tão Almodóvar”, foi nesse tom cinematográfico que nosso papo rolou entre um café e outro.


SIÉLLYSSON – Quando você se interessou pelo cinema?

GLÁUCIO - Eu me interessei pelo cinema através da música. Sempre fui apaixonado por música aí toda música a qual eu gostava, eu começava a criar meus próprios filmes, logo estava criando clips imaginários, por gostar muito de música acabei virando cineasta, porque aquelas imagens internas me fazia querer criar alguma coisa.

SIÉLLYSSON – O que você queria ao produzir o documentário “ Tibiri Caderno 2”?

GLÁUCIO - O cinema documentário “Caderno 2” foi uma necessidade, eu via um grupo de artistas fazer as coisas de uma forma muito independente naquele local e eles articulados entre si. Vi tudo isso e achei que era injusto que aquilo acontecesse e passasse, senti necessidade de tornar aquilo eterno, tornar aquela realidade eterna.

SIÉLLYSSON – “Essas senhoras” é um documentário de muita sensibilidade! O que mais lhe chamou atenção no tema pra gravar esse filme?

GLÁUCIO - “Essas Senhoras” é um filme que muito me emociona. Precisava registar aquilo, aquelas práticas que estão morrendo, acabando. Acho que o documentário tem essa função social de dá à eternidade aquilo que é merecido. Daqui a 50 anos as pessoas vejam como tudo começou ou como era há 50 anos. É como a história (Ciência) alguém chega e escreve sobre o que está acontecendo na conjuntura atual aí, eu como historiador escrevo o que ninguém teve interesse de escrever. O meu registro é a minha maneira cidadã de contribuir com a história. Cinema é cidadania também.




SIÉLLYSSON – “Tibiri Caderno 2” foi seu primeiro documentário. Você acha que teve o respaldo merecido pelos artistas e pela população, até porque você trabalhou uma cultura barrista (Tibiri II), você acha que este teve a mesma consideração que teve seu segundo documentário “Essas Senhoras”?

GLÁUCIO - Considero “Caderno 2” um álbum de família porque existe muito afeto neste documentário. Antes de ser um filme é um álbum de família porque eu tenho muito afeto por cada um que está ali. Eu tenho consciência que ao contemplar Tibiri II e cada um que está no filme, eu não estava contemplando o todo, faltou muita gente, eu poderia ter feito mais só que essa também foi uma escolha minha; era meu primeiro documentário, para mim, não era só pegar a amplitude da arte em Tibiri. É um documentário barrista? É sim, mas tem muito mais gente fazendo arte em Tibiri II, mas o que eu queria era registrar o pessoal que está conectado. Existe gente que está fazendo arte só que mais isolada, não desmerecendo esses, mas como era uma coisa do meu universo particular, eu acabei fazendo o registro deles.
Sobre o artista produzir algo particular eu acho que é algo típico de artista, de não ter medo de mostrar aquilo que é seu.
Eu queria fazer um documentário sobre a arte em Tibiri II, mas a partir do meu olhar. É o meu olhar sobre aquilo. Se não existir nada meu sobre aquilo é apenas uma reportagem. Tem muito de mim nos cortes, nos registros, numa pegada de câmara em tudo o que escolhi. Coletamos mais de 6 horas de depoimentos, o corte final ficou com 19 minutos. É como se eu estivesse usando argila pra fazer artesanato. Na arte não existe a neutralidade total, existe o toque de quem faz.
Com este documentário eu quis mostrar que existe uma forma de viver no bairro de Tibiri II que é diferente daquilo que se passa nos telejornais. O Caderno 2 no Jornal da Paraíba é a parte da cultura, então seria Caderno 1 a parte social, a violência, já o “Caderno 2” seria o lado B, a outra parte...

SIÉLLYSSON - B de bom...

GLÁUCIO - (risos) É. Esta é a parte que a TV não mostra. Eu queria mostrar que além de tudo aquilo também existe opções de cultura naquele lugar. E por que a ideia do documentário? Todo artista deseja que sua arte seja reconhecida aos quatro cantos do mundo. Só que se a arte existir só pela fama, pelo sucesso ela é pequena demais. A arte existe porque, como diz Ferreira Goulart porque “viver só não é suficiente, viver só não basta” e aí existe pessoas de arte e tem um emprego. Acho que todos que estão naquele filme vivem de arte com exceção de Sandrac que trabalha ensinando música, o restante todos vive de arte e tem um emprego paralelo pra sustentar a família. São pessoas comuns pra quem a arte significa muito e que provavelmente não terão nomes eternizados como Cartola entre outros, um ou outro pode sair, mas todos não vão. Tibiri II e Espaço Múltiplo é muito maior do que se ver ali. Quando você vê um artista tem que entender o meio dele, de onde veio. Você ver Zé Ramalho e entende que dali ninguém mais saiu, então, existe um montão de amigos de Zé Ramalho que vivia a arte junto com ele. Às vezes apenas um daquela parte se destaca e fica o amigo Pedro, como citou Raul Seixas. “Tibiri caderno 2” foi o olhar pra um ambiente de artista, de uma trupe, uma caravana de artistas que embora diversa estão sempre juntos por ali, um contemplando a arte do outro e vivendo por isso mesmo. Não importa se estão ganhando dinheiro ou gastando pra fazer o show, Ivonaldo é um exemplo disso, não quer enriquecer com seu teatro. Ele fez o teatro para manter a arte cênica viva dentro de Tibiri, isso pra mim é maior. A pretensão dele é a mais simples e verdadeira do mundo, ele não quer tornar o teatro dele o maior da Paraíba; ele quer manter o teatro vivo em Tibiri. (próximo entrevistado do Café com Siéllysson) Sandra Alves é o desejo de manter todo mundo junto, isso é maravilhoso! Sandra Alves é o centro que une; ela sozinha é um Centro Cultural (gargalhadas). Centro Cultural Sandra Alves porque ela consegue agregar muita gente, ela consegue juntar todos os tipos de artistas, isso é próprio dela, aí acabava atraindo as pessoas pra o Espaço Múltiplo. Isso é uma coisa muito bonita. (Veja a entrevista exclusiva com Sandra Alveshttp://siellyssonfrancisco.blogspot.com.br/2013/10/entrevista-produtora-sandra-alves-para.html)
Em “Tibiri Caderno 2” o que mais quero é mostrar que a arte existe independente do que queiram mostrar por fora, independente do que os telejornais como o de Samuca queira mostra ou não, vai existir a arte em Tibiri.

SIÉLLYSSON - Seu trabalho “As senhoras” foi exibido na 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Qual a importância das Mostras de Cinema pelo país?

GLÁUCIO - A mostra de cinema pelo país é interessante, mas tenho muito desgosto de que até um tempo desses, o filme ter ido pra Goiás, pra Minas e ter rodado bastante e não ter rodado em Santa Rita (observação: esta entrevista foi realizada antes da exibição da mostra visual realizada pela ONG Espaço Múltiplo, em meados de janeiro desde ano), isso é muito ruim pra mim. Você manda seu filme pra uma mostra em Tiradentes, que pra mim é uma das melhores mostras de cinema do Brasil, extremamente conceituada. E parece que temos uma necessidade que o mundo nos aponte pra que os nossos nos reconheçam, então isso é triste! É lógico que quantas vezes eu for selecionado pra Tiradentes eu vou porque a cidade é maravilhosa, o festival também o é, mas pra mim, exibir o filme em Santa Rita é muito mais importante do que exibir meu filme em Cannes porque é onde eu tô. Isso aconteceu com Lucy Alves, que depois de aparecer na TV Globo todo mundo vira fã dela, quando antes nem davam o valor merecido ao seu talento. Se eu não presto pra os meus, se presto pra os outros, eu continuo não prestando pra os meus. É importante que nos reconheçam. Por que prefiro vir em sua casa e passar uma tarde dando entrevista? Porque pra mim é mais importante dá uma entrevista a você do que dá uma entrevista ao jornal O Globo, porque eu analiso: “os meus me valorizam, me consideram”. Isso é gostoso; isso dá vontade de continuar fazendo arte porque os seus lhe consideram. Esse negócio de ser reconhecido lá fora pra depois ser reconhecido aqui dentro, isso é muito cruel e pequeno. Por esse motivo eu dei e dou valor a Sandra Alves, ao Espaço Múltiplo, aos artistas de Tibiri II, porque são pessoas que estão contemplando um a arte do outro. É Alan Pear fazer um show no Beco da Cachaçaria e ir todo mundo. (Entrevista com Alanhttp://siellyssonfrancisco.blogspot.com.br/2013/09/entrevista-com-o-musico-alan-pear-para.html) Claro que são importantes os festivais na história do seu filme, porque você vai dizer “esse filme participou de tais festivais” – É ótimo pra sua carreira, você ganha nome, até quando você sai daqui, mas nada paga o seu dia a dia.

SIÉLLYSSON - Você leva o nome da cidade de Santa Rita para outros estados. Já recebeu apoio de empresários ou do poder público?

GLÁUCIO - No início dessa gestão atual eu tive o prazer de ter um amigo que era secretário de cultura. Eu não fui procurá-lo, Valdir sabendo da necessidade cultural da cidade, ele veio até a mim e me pediu propostas. E com toda boa vontade eu fiz projeto de mostras de cinema, porque pela primeira vez eu via o poder público se mobilizando, aí levei pra ele, ficou todo animado, mas a proposta foi abortada por conta do atual prefeito que falou que essas coisas não dão votos. E realmente não dão votos. (risos). Eu não posso vender meu filme, dizendo “apoie meu filme que dá voto”. Já os empresários não têm uma ideia do que é isso – vou ser bem sincero – não tem pra que um empresário em Santa Rita investir em cinema. Por quê? Porque tudo é uma relação de troca. Pra que um empresário vai investir em cinema se em Santa Rita não tem Mostra de Cinema pra que ele veja o seu investimento sendo transformado em propaganda de sua empresa? Eu levo meu filme pra Patos, Rio de Janeiro e... tá lá “apoio cultural Mercadinho Tal”. Quem é de Patos que vem de lá fazer feira no mercadinho dele? No meu último filme “Vasto Mundo” eu precisava de coisa pouca; eu precisava de 300 reais de lanche pra equipe, o cara de um supermercado falou que iria dá, mas inventou uma história, porque isso não interessa a ele. E em João Pessoa eu fui pedir a uma rede de supermercado que terei uma projeção do filme na cidade e em outros estados, seria interessante pra ele. O gerente de marketing achou pouco e ia patrocinar, mas o Gerente Geral disse: “Não. Não vamos patrocinar porque esse filme é de Santa Rita” (risos) O filme é do mundo, mas é lógico que eu sendo santarritense não vou chegar lá dizendo que sou de João Pessoa. O filme seria interessante pra eles por serem uma rede. Em Santa Rita a gente não consegue e quando a gente vai pra outros lugares não consegue por ser de Santa Rita. (gargalhada dele) Aí dificulta!

SIÉLLYSSON - Seu filme “Essas Senhoras” foi exibido no festival de Areia. Qual foi a reação das pessoas mais simples? Se identificam com as personagens?

GLÁUCIO - O Festival de Areia foi um desrespeito do Estado para com o Áudio visual. Colocaram a gente numa escola com um projetor muito ruim, com qualidade péssima de áudio, praticamente quem estava por ali, eram realizadores e pessoas mais envolvidas com arte. A gente não teve um feedback tão interessante da população de Areia ou de quem foi ao festival. Eu acho que o Festival de Areia pra mim foi mais uma exibição. Não houve a emoção que eu queria que existisse devido à desorganização.

SIÉLLYSSON – “Essas Senhoras” também foi exibido numa mostra cultural da FIP. Qual a importância dessas instituições na divulgação do seu trabalho?

GLÁUCIO - A interiorização do cinema paraibano é uma coisa maravilhosa. O Cinema Farinha ao qual você está se referindo promovido pela Faculdade Integrada de Patos - FIP, eu acho um festival maravilhoso, acontece na Praça onde as pessoas da cidade vão assistir aos filmes. Isso pra mim é fantástico porque tô levando meu trabalho pra dentro do meu estado; é a sensação de ainda está em casa. A interiorização do cinema paraibano é uma coisa maravilhosa, a cidade de Santa Rita deveria criar vergonha na cara e seguir, porque a gente não pode viver dependendo de João Pessoa, somos dependentes da cultura de João Pessoa. Tudo o que a gente quer tem que ir a João Pessoa. Às vezes uma cidade como Patos que está entre 4 a 5 horas de distância de João Pessoa tem uma riqueza de oportunidades culturais...

SIÉLLYSSON - ... Santa Rita sendo a quarta cidade da Paraíba em arrecadação...

GÁUCIO - A quarta em arrecadação, a terceira maior cidade do estado, eu não entendo isso: a gente sempre a mercê do que está acontecendo em João Pessoa, sempre dependente do Extremo Cultural, das mostras como Cine Port, Fest Aruanda. Agora mesmo teve Fest Aruanda no MegShopping, como é que um cidadão de Santa Rita vai acompanhar uma amostra de cinema que está acontecendo no Meg shopping? Onde ele terá que pegar 2 ônibus e pra voltar e estará totalmente comprometido por uma questão de segurança, corre o risco de não encontrar ônibus pra voltar pra Santa Rita. Até quando estaremos dependentes do que João Pessoa tem pra oferecer?

SIÉLLYSSON - Você acha que a computação gráfica está tirando a beleza da 7ª arte? Os documentários são meios de preservação do cinema como arte?

GLÁUCIO - Pra mim tudo é uma questão de escolha e de repertório. É como a música eletrônica, existem músicos que não usam bateristas, eles aparecem nos shows, mas na hora de fazer a música é feita no computador. Mesmo com computação gráfica não deixa de ser cinema. No momento em que a tecnologia nos é ofertada a gente tem a opção de usar ou não. Por exemplo, eu não trabalho com computação gráfica, com efeitos, mas já utilizei muita coisa da tecnologia na finalização de áudio, de cor, de imagem... já utilizei muito desse artifício. Uma cor que você ver no final do vídeo não feito na Câmara e sim no estúdio, até porque você faz a imagem seca e depois tem mais tempo pra pensar nas cores, isso tudo requer tempo aí você dedica-se no estúdio. Hoje em dia a gente tem essa facilidade, claro que tem gente que abusa disso. Eu não faço, mas vejo muitos trabalhos que são bons, e se fazem a gente pensar, tá valendo!




SIÉLLYSSON - Que mensagem você deixa para quem quer se aventurar no mundo dos documentários, do cinema?

GLÁUCIO - Se desprenda de dinheiro você não vai enricar! Desprenda-se do dinheiro e concentre-se na arte. Embora seja a arte mais cara, justamente você precisa se desprender dele (risos). Segundo, você precisa ter muita humildade pra aprender diariamente, você nunca vai saber tudo, porque o cinema se renova e tem muitas possibilidades. O cinema é um universo que vai desde a luz ao som, onde você pode brincar e fazer tudo. Você precisa está disposto a aprender, você precisa de sentimento altruísta. Na arte a gente precisa considerar tudo, escutar as opiniões inclusive de quem não faz cinema, pois o cinema é uma arte coletiva. Cinema não é a sua arte, mas a junção de artes de muita gente pra se resultar numa harmonia.




Recado para Gláucio Souza: "Essas imagens são inéditas. A proposta do café não ´e a exibição do que foi gravado, por este motivo suas últimas imagens (filmagens e testes de fotografia que foram feitas nessa entrevista) serão doadas para o acervo da ONG Espaço Multiplico, lugar de gente que você tanto amou e como você mesmo disse a mim: imortalizou-os com sua câmara. Eu quis com esta entrevista ressaltar o seu calor e o valor que você dava a nossa cidade; queria que o mundo reconhecesse seu valor, que todos entendessem a grandeza de sua alma e a sensibilidade dos seus olhos cinematográficos.  Prazer em ter lhe conhecido. Adeus"
  
Observação: todas as entrevistas estão disponíveis neste blog, basta procurar o marca texto ENTREVISTAS
Sobre o falecimento do cineasta Gláucio Souza, veja:
http://www.santaritaemfoco.com.br/2014/07/claucio-sousa-policial-morre-apos.html

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