terça-feira, 30 de agosto de 2016

2º Teatro no Cafofo


Neste sábado (27 de agosto de 2016) mais uma vez o Cafofo abriu suas portas para o Teatro,  desta vez com Izaqueu com o monólogo Kriptonita, foi uma pré-estreia para os amigos do Cafofo, ou seja, minha casa, após a apresentação abrimos para um círculo de diálogo sobre a peça teatral..

Kriptonita é a história de Mauro, homem de meia idade em crise existencial profunda, desempregado, estéreo, deixado pela mulher, diagnosticado com um câncer na próstata e que descobre em meio ao caos de sua vida que são exatamente os seus pontos fracos que o ajudarão a superar tudo. Num enredo mostrado em cenas entrelaçadas, o personagem vai se desnudando para o público, colocando em pauta algumas reflexões que permeiam o universo humano, fazendo a plateia olhar para dentro de si mesma e assim, começar a ver com outros olhos os seus defeitos, as suas máculas e os percalços da vida, mostrando que a nossa “Kriptonita” (alusão ao mineral que tirava as forças do Super Homem), na verdade nada mais é do que uma forte aliada à superação de qualquer obstáculo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Siéllysson divulga seu novo livro



Na imagem Siéllysson homenageia o escritor Drummond


Em julho de 2017 o livro “Santa Rita: a herança cristã do Real ao Cumbe”, o primeiro livro do historiador Siéllysson Francisco, completará 10 anos. Atualmente o escritor está em fase final para lançar seu mais novo trabalho “Nudez, Sombra e Luz” seu primeiro livro de poesias.
A poesia veio antes da história na vida do escritor. “Desde a fase da adolescência escrevo poemas, poesias como uma maneira de expressar meus sentimentos, desabafar, porém, nunca tive coragem de publicá-los. Acho que é uma grande exposição de sentimentos, de ideias. É uma verdadeira nudez de si”. Afirma o poeta. A partir dessa concepção de que escrever poemas é está desnudo para o público, é que o autor encontrou o título do seu mais recente trabalho.
“Somente agora acredito que estou pronto para expor meus poemas. Neste livro há muitos poemas desta minha nova fase mais madura, mas os leitores encontrarão poesias da época da minha adolescência; fiz uma boa seleção para que o livro tenha um fio condutor do primeiro capítulo até o último. Embora sejam poemas de momentos diversos da minha vida, o livro se passa em um dia. Irei intercalar os capítulos com ilustrações de minha autoria.”
Siéllysson vem selecionando alguns poemas e divulgando em seu perfil no facebook com imagens de fotógrafos como: André Pimentel, Ricardo França, Eduardo Paiva e Rafael Freitas. Para o autor é a maneira mais fácil e menos dispendiosa de divulgar seu trabalho. “Uso as redes sociais como uma ferramenta de trabalho. Sou um autor independente, não tenho editora, assessoria, apoios, é pela insistência que conquisto leitores” Afirma o escritor.
Vejam alguns dos seus poemas:

Imagem: Rafael Freitas


POR TRÁS DA PORTA

Por trás da porta há tantos segredos
Dores, desamores,
Receios, medos,
Planos, sonhos e desejos
Insônias, angústias e
Planejamentos
O que fica por trás da porta
Nem sempre revelamos
São fraquezas,
Luxúrias,
Ambições, murmúrios...
Não é regra, mas ocultamos.
Por trás da porta
Ficam as lágrimas,
O abandono...
Realidades que desejamos esconder.
Por trás da porta pode ter tudo
Inclusive eu e você. 
Imagem: Eduardo Paiva

EU, PESSOA?

Dentro de nós mora um monstro,
um anjo, um monge...
Dentro se escondem tantos seres
que uma vida é pouca para conhecer a todos.
Personagens?
Falsidades? Vultos? Máscaras?
Como vemos o que não vemos
mas sentimos?
Não há livros para tudo isso;
não estamos interessados
em desvendarmos as inúmeras pessoas
que são moradoras em nós.

Imagem: André Pimentel

NUDEZ

Despi-me
de todas as minhas fantasias
numa noite chuvosa
e muito fria...
olhava,
esperava,
nenhum pouco de alegria
para esta alma semimorta e vazia
despida em público
e o público a engolia.
Vesti-me, então, com a herdada melancolia,
cobertor da alma vadia,
mas não dormi, pairava no ar,
esperava-te...
Vesti-me
Caminhei
Segui
Fui
E nunca mais me vi.

Imagem: Ricardo França
 SOMBRA E LUZ

A dor em minha vida
é uma transfusão para o papel,
isto não quer dizer que seja antídoto
apenas um breve alívio.
Nascemos sem receita e
sem mapa para a felicidade.
Inventamos os caminhos ilusórios.
Na sombra de nossas almas
Há muito dos deuses
E quase nada de resposta.

Pages

.

Social Icons

Featured Posts