sexta-feira, 26 de abril de 2013

Livro: O lado negro da fé


O lado Negro da Fé: Irmandades de Santa Rita e Areia do século XIX





Sobre meu livro: “O lado Negro da Fé

O trabalho de Siéllysson analisa a existência de segregações étnicas nas Irmandades católicas, nas cidades de Santa Rita e Areia - PB, durante o século XIX, locais marcados por divisões arquitetônicas, tendo para cada grupo étnico uma igreja. As documentações avaliadas foram o Livro de Atas, algumas Ordens de Compromisso e os escritos de cronistas. Focaliza-se nas Irmandades as relações de poder e sociabilidade, questionando a identidade dos homens e mulheres que encontravam no compromisso de ajudar para ser ajudado o sentido para vida. Verifica-se, nas documentações e na vasta bibliografia sobre as irmandades no Brasil a motivação para inserção nas mesmas, como uma busca de sentido para a vida numa sociedade marcadamente excludente. Concluí-se que as irmandades reproduziam as segregações sócio-étnicas que existiam no século XIX, mas também foram responsáveis por espaços de sociabilidade e de visibilidade social aos indivíduos de camadas menos abastadas.

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About my book: “The dark side of Faith”

The work of Siéllysson analyses the existence of ethnic segregations in the Catholic Brotherhoods, in the cities of Santa Rita and Areia-PB, during the 19th century, which were marked by architectonic divisions, taking for each ethnic group a church. The documentations evaluated were the Book of Acts and some Orders of Commitment and the writings of chroniclers. "We focus in the brotherhoods power relations and sociability, questioning the identity of these men and women who were in the commitment to help to be helped the meaning to life. We verified in the documentations and in the extensive bibliography on the brotherhoods in Brazil, the motivation for insertion in the same, as the search for meaning to life in a society highly exclusionary. We conclude that the brotherhoods reproduced the socio-ethnic segregation that existed in the 19th century, but were also responsible for areas of sociability and social visibility of layers to less wealthy individuals."

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Acerca de mi libro:El lado oscuro de la Fe”

Este estudio examina la existencia de la segregación étnica en la Hermandad Católica, en las ciudades de Santa Rita y Areia-PB, en el siglo XIX, que se caracterizaron por su  arquitectura , poseendo cada grupo étnico  una iglesia. Los documentos se evaluaron  del Libro de Actas y algunas órdenes de compromiso y los escritos de cronistas. "Hermandades se centran en las relaciones de poder y la sociabilidad, cuestionando la identidad de estos hombres y mujeres que se encontraban en el compromiso de contribuir en efecto de la vida. Encontrado en la documentación y la amplia literatura sobre las hermandades en el Brasil, la motivación para entrar en las mismas, como la búsqueda del sentido a la vida en una sociedad altamente excluyente.  LLegamos a la conclusión de que las hermandades de reproducción social y la segregación étnica que existía en el siglo XIX,  también fueron responsables de los ámbitos de la sociabilidad y la visibilidad de las capas sociales con menos recursos. "

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À propos de mon livre : Le côté obscur de la foi 

Ce mémoire examine lexistence dune ségrégation ethnique dans les Fraternités Catholiques, dans les villes de Santa Rita et Areia-PB, au cours du dix-neuvième siècle, qui ont été marqués par divisions d „architecture, où chaque groupe avait une église. Les documents qui ont été évalués sont le Livre des Actes et quelques Ordres dEngagement et les écrits des chroniqueurs. On a identifié dans les fraternités les relations de pouvoir et de la sociabilité, en questionnant lidentité de ces hommes et ces femmes qui trouvaient dans lengagement daider à être aidé le sens de la vie. On a trouvé dans la documentation et labondante littérature sur les fraternités au Brésil, la motivation pour lentrée dans les mêmes, comme une recherche dun sens à la vie dans une société très exclusive. On a conclué que les fraternités reproduisaient la ségrégation sócio-ethniques que existait au dix-neuvième siècle, et aussi.

Livro: Santa Rita: a herança Cristã do Real ao Cumbe


 Santa Rita: a herança Cristã do Real ao Cumbe


Sobre meu livro

Este livro tem como objetivo fazer uma breve apresentação dos mais importantes patrimônios da cidade de Santa Rita e a origem do povoado de Cumbe. Entre os monumentos que podem ser destacados, temos: o Engenho D´el-Rei ou Engenho Tibiri devido a sua localização à margem do rio de mesmo nome. Será o registro permanente do período colonial? Próximo se localiza a capela de São Sebastião. Será ela a primeira construção sacra fora de Filipéia? Sobre o século XVII, período em que os holandeses se apossam da Capitania da Parahyba, será analisados cinco patrimônios que foram construídos neste período e que sobrevivem até nossos dias: a capela de N. Senhora da Batalha ( localizada atualmente em território de Cruz do Espírito Santo) e a capela de N. S ª do Perpétuo Socorro, Santana do Gargaú, por fim, será avaliada a obra singular do barroco: a capela de São Gonçalo e o casarão do engenho de mesmo nome. Analisarei a formação de centro da cidade durante o século XVIII e início XIX, período de intercâmbio entre o sertão pecuário e o litoral açucareiro, desenvolvimento do centro da cidade com algumas construções sacras como a matriz de Santa Rita, Igreja N. Sª da Conceição, construída de 1851 e dedicada aos negros livres da cidade e a feira livre de 1822. Por último, um breve relato sobre a principal Usina de Santa Rita, a qual recebeu o nome da padroeira, mas antes fora chamada de povoado do Real e depois Cumbe.

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About my book: Santa Rita: the Christian heritage of the Royal Cumbe

This paper objectifies to make a short presentation of the most important Santa Rita city´s patrimonies and the origin of the Cumbe town, told by a point of view having the cultural and artistic patrimony of this city as main register. Among the monuments that we can emphasize, we have: D´el-Rei Sugar´s factory or Tibiri sugar´s factory, because of its placement at the edge of the river with same name. Will it be the permanent register o the colonial period? Close to them, we can find San Sebastian chapel. Will it be first sacred building outside Filipeia? About the 17 ™  century, period in which the ditches get own of the Parahyba captainship, it will be analyzed five patrimonies that were built at this period and that survive until nowadays: N. Sª da Batalha chapel, (placed currently at Cruz do Espírito Santo ´s territory), N. Sª do Perpétuo Socorro chapel, Santana do Gargaú and at last, it will be evaluated the baroque singular workmanship: São Gonçalo chapel and the house of the sugar´s factory with same name. We will analyze the downtown´s formation during 18 ™ century and the beginning of the 19™ century, interchange period between cattle hinterland and sugar´s coast, downtown´s development with some sacred buildings: Matriz de Santa Rita, N. Sª da Conceição chrch, built at 1851 and dedicated to free blacks of city and city´s fair of 1822. At last, a short relate about the Santa Rita´s plant, which has received the name of the city´s saint, but before was called povoado do Real and after Cumbe.

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À propos de mon livre: Santa Rita: l'héritage chrétien de l'Cumbe royale

Ce mémoire a l´ objectif de faire une brève présentation des plus impotants patrimonies de la ville de Santa Rita et l´origine de la village de Cumbe, racontée par une vision en ayant comme principal registre le patrimoine culturel et artistique de cette ville. Entre les monument qu´on peut mettre en valeu, il y a: la fabrique de sucre Dél-Rei ou la fabrique de sucre Tibiri, à cause de sa localisation au bord du fleuve avec même nom. Sera-ce le registre permanent de l´époque cloniale? Proche, il est localisée la chapelle São Sebastião. Sera-t-elle la prmière construction sacrée en dehors de Filipeia? Sur le 19ª. Siécle, époque où les hollandais prennent possession de la grande de capitaine de la Parahyba, on analysera cinq patrimoines qui on été bâtis à cette époque-là et qui survivent jusque nos jours: la chappelle de N. Sª da Batalha ( placée actuellement en territoire d´ Espírito Santo), la chapelle de N. Sª. do Perpétuo Socorro, Santana do Gargaú et à la fin, on analysera l´ceuvre singulière du baroque: la chapelle de São Gonçalo e la grande maison de la fabrique de sucre avec même nom. On analysera la formation du centre-ville pendant de 18°. Siècle et le début du 19°. Siècle, époque d´échange entre l´arrière-pays de bétail et la côte du sucre, développement du centre-ville avec quelques constructions sacrées: matriz de Santa Rita, l´église N. Sª da Conceição, bâtie en 1851 et consacrée aux noirs libres de la ville e la foire de la ville de 1822. Finalement, une brève histoire sur la principale usine de Santa Rita qui a reçu le nom de la sainte de la ville. mais avant elle vait été appellée Povoado do Real et après Cumbe.
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Santa Rita: la herencia Cristiana del Real al Cumbe

Este libro tiene como objetivo mostrar una breve presentación delos patrimonios más importantes de la ciudad de Santa Rita y el origen del pueblo Cumbe. Entre los monumentos que se pueden destacar, están: elEngenhoD´el-Rei oEngenhoTibiridebido a su ubicación a la orilla del río que lleva el mismo nombre. ¿Sería el registro permanente del periodo colonial? Cerca se ubica la capilla de São Sebastião. ¿Sería ella la primera construcción sacra a las afueras de Filipéia? Sobre el siglo XVII, periodo en el que los holandeses se apozan de la Capitanía de Parahyba, serán analizados cinco patrimonios que se los construyeron en este periodo y que sobreviven hasta hoy: la capilla de Nª.Senhora da Batalha( ubicada actualmente en el territorio de Cruz do Espírito Santo) yla capilla de Nª. S ª do Perpétuo Socorro, Santana do Gargaú, al final, será evaluada la obra singalar del barroco: la capilla de São Gonçalo y el casaza del ingenio que tiene el mismo nombre.  Analizaré la formación del centro de la ciudad durante el siglo XVIII e inicio de XIX, periodo de intercambios entre el sertão pecuario y litoral azucarero, desarrollo del centro de la ciudad junto a algunas construcciones sacras a la matriz de Santa Rita, Iglesia Nª. Senhora daConceição, construida en 1851 y dedicada a los negros libres de la ciudad y la feria libre de 1822. Por último, un breve relato sobre la Usina Santa de Rita, la cual recibió el nombre de la “padroeira”, pero antes la habían llamado de pueblo del Real y luego Cumbe.

Siéllysson entre saraus e poemas


SIÉLLYSSON E A POESIA

Na noite poética Agostiana da ONG Espço Múltiplo
A paixão de Siéllysson pela literatura se iniciou com a poesia aos 15 anos, embora nunca tenha publicado nenhum livro poético, ele já escreveu três livros, “Exótico”, “Uma Agenda Poética” e outro ainda não titulado. Algumas de suas poesias foram publicadas em blogs, sites. Ele parafraseia Fernanda Young “A autora disse numa entrevista ‘Onde é que me mostro mais: nua ou num livro de poesia? Acho que num livro de poesia, em que não tem personagem.’ Na poesia me sinto despido, exposto, mas um dia eu me lanço às críticas” Afirma o cronista.

Siéllysson já fez e faz algumas participações em Saraus recitando Augusto dos Anjos, Vinicius de Moraes, Flor Bela Espanca, Anayde Beiriz e Carlos Drummond de Andrade.

No Palco do Espaço Cultural no show de Rinaldo Vitorinni
Em 15 de outubro de 2004 foi convidado pelo músico Rinaldo Vitorini para intercalar seu show musical com poemas de Augusto dos Anjos.

Siéllysson com Josinaldo Pereira no III - Sarau Poético Encumbe
Entre os anos de 2007 e 2009 Siéllysson foi membro da ONG Organização Não-Governamental Engenho Cumbe, da cidade de Santa Rita-PB, durante 3 anos, participou de alguns saraus poéticos. 
Siéllysson recitando "Versos Íntimos" e "Eterna Mágoa" em Sapé-PB

Dia 20 de abril de 2013, a convite da ONG Espaço Múltiplo, o cronista foi um dos convidados, juntamente com poetas, cantores, atores, para homenagear os 129 anos de Augusto dos Anjos, na cidade de Sapé-PB.

Lançamentos dos livros


LANÇAMENTOS





Siéllysson em seu primeiro lançamento em João Pessoa


O público que esperam, no Casarão de Azuleijo, pelo autógrafo do autor.



No dia 10 de novembro de 2007 no Casarão de Azulejo, na Praça Dom Adauto, Centro de João Pessoa-PB, lançou ao som de Jazz, com Rinaldo Vitorinni, Dhiego Heráclito o seu primeiro livro "Santa Rita: a herança cristã do Real ao Cumbe" para historiadores, leitores da capital.


Lançamento em Santa Rita, Bar Canteiro (17/nov/2007), foto: Thiago



No dia 17 de novembro de 2007, no Bar Canteiro, Centro de Santa Rita-PB, Siéllysson lançou “Santa Rita; a herança cristã do Real ao Cumbe” para o público santarritense, ao som do violonista Rinaldo Vitorini, do cantor Cleyton Ferrer e músicos convidados embelezaram a noite de lançamento.



Convite do lançamento em Natal-RN


Durante o II Encontro Internacional de História Colonial, em 18 de setembro de 2008, em Natal-RN, lança durante o evento seu livro "Santa Rita: a herança cristã do Real ao Cumbe"




Siéllysson discursando sobre as irmandades negras da Paraíba



No dia 19 de novembro de 2010, no Centro Paroquial Padre Francisco, no Centro de Santa Rita-PB, em meio à festividade da Consciência Negra, o historiador Siéllysson Francisco lança seu segundo livro “O Lado Negro da Fé”.



Siéllysson discursando, ao lado a Drª em História Martha Falcão e o presidente do IHGP


No dia 26 de novembro de 2010, o segundo livro "O lado negro da fé" é lançado para o público pessoense no Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba- IHGP entre literários e amigos.





Em 20 de julho de 2013, Siéllysson lançou seu terceiro livro, desta vez não mais uma oabra de histórica e sim literária “Crônicas”, teve seu lançamento Centro Paroquial Padre Francisco, no Centro de Santa Rita-PB.

Bate papo com o historiador Siéllysson Francisco



Entrevista cedida por Siéllysson ao site ClikWill, em 16 de agosto de 2011

1) Quem é Siéllysson?
Boa pergunta! Acredito que vivendo 200 anos não responderia com facilidade esta pergunta, mas me identifico com o que faço na vida, sou professor e tenho a certeza que vim ao mundo com esse dom, de transmitir conhecimento, alegria, sinceridade e respeito ao ser humano e tudo o que existe. Sou alguém que busca sentido para tudo.

2) Como você pode definir a sua infância no município de Santa Rita?
Minha vida está relacionada com a minha cidade, desde pequeno eu gostava de ouvir os mais velhos falarem como foram suas trajetórias aqui, incluindo meus tios. Minha família paterna chegou aqui, em Santa Rita, durante a Revolução de 1930. "A casa que vovô morou que meu pai herdou e que passou pra mim". A música de Flávio José retrata bem minha relação com a cidade. Trabalho hoje em João Pessoa e em Santa Rita, mas é em Santa Rita que me sinto chão, terra, parte de um todo.

3) Quando iniciou a sua vocação para estudar História?
No momento em que descobri que o interessante da vida estudantil não é ter que estudar, decorar, mas o fascínio de descobrir as coisas. A história é fascinante exatamente por esse motivo por você poder descobrir um universo de pequenas e grandes coisas esquecidas.

4) Você já publicou 2 livros. Dentre eles, qual você considera mais significante em sua carreira acadêmica?
Cada um tem uma grande importância para mim, ambos são capítulos da minha vida (risos). O primeiro Santa Rita a Herança Cristã do Real ao Cumbe (2007) foi fruto da Especialização em História do Brasil e foi com ele que conheceram meu trabalho com historiador. Mas, é com O lado Negro da Fé que fui homenageado e valorizado como pesquisador acadêmico. Ele é resultado da pesquisa de dois anos nos acervos da Paraíba para o Mestrado em Ciências das Religiões. Gostaria que uma editora nacional tivesse interesse neste trabalho, pois trata de um tema não muito trabalhado, ou pelo menos não muito publicado. Há uma carência de trabalhos sobre as Irmandades de pardos, negros e brancos no Brasil.

5) Em meio a tantas conquistas, como está situada a presença de sua família?
Em tudo, a base do que sou ele me deram daí eu quis ir além...

6) No decorrer de suas publicações você participação de uma sessão de fotos para a construção de seu site com o fotógrafo Ricardo França. Conte para os nossos leitores como foi esse momento e pra você quem é o Ricardo França em sua vida?
Eu estava planejando um site, mas o Webdesign teve um problema de saúde e não foi concluído o site. Nesse momento, eu precisava de imagens que ilustrasse minha página na net e já conhecia o trabalho do fotógrafo Ricardo França. Trabalhamos juntos numa ONG, o acho talentoso ao extremo e perfeccionista com as imagens, tanto que ele tem mais fotografias minhas, porém nem eu mesmo as vi, pois segundo ele não estavam tão boas. Eu confio nele e me permito ser fotografado, porque o resultado sempre é melhor do que eu imaginava.

7) LEIA E RESPONDA:
Uma cor: azul
Um número: 3
Um animal? E por quê?
Coruja, acho essa ave exótica, misteriosa e envolvente. Tenho uma coleção delas em todas as partes da minha casa.
Uma frase marcante:
Muitas frases foram marcantes em minha vida, mas seleciono a frase dita pela personagem de Josephine Baker num filme sobre sua vida: “lutem pelas pequenas coisas para que não tirem de vocês as grandes”
Família: A base do que sou hoje
Deus: O maior dos mistérios
O que você faria se soubesse o mundo acabaria de existir daqui a 24 horas?
Iria agradecer a Deus, porque a vida valeu à pena!

8) Que mensagem você quer deixar para todos os nossos leitores?
Acreditem que vocês podem ser muito mais do que são!

CONHEÇA MAIS SOBRE ELE:
Seu BLOG:

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Perfil

Perfil?




Certo dia, estava limpando o porão de minha casa, minha casa ainda tem porão, interessante, né? Pois é, mas ela foi construída numa inclinação geográfica, em outras palavras, ladeira. Minha cidade tem muitas ladeiras e as casas mais antigas tinham porão, a minha ainda tem, é, lá que guardamos muitas coisas, inclusive as revistas que penso que um dia irão me servir, até que serve mesmo! Numa delas encontrei uma entrevista com uma psicóloga de 80 anos, onde o repórter da revista a perguntou se conhecia a si mesma; sua resposta foi sábia ao afirmar que, por mais anos que venhamos a viver, mesmo assim não nos conheceremos por completo e sempre estaremos aprendendo. Daí, pensei, como posso dizer quem sou no perfil das Redes Sociais? Ora, posso dizer do que gosto e do que não gosto, mas não quem sou, pois ainda não sei, é uma questão filosófica ou transcendental e nem Deus me deu esta resposta.

  Mas, há muita coisa que define minha personalidade, e foi isso que fiz, descrevi tudo por meio do que gosto. Veja: Eu tenho um nome diferente, alguns acham “exótico”, eu mesmo não acho, mas me sinto exótico, como certas plantas que vejo e digo “nossa! Que coisa rara,” Isso não quer dizer que seja bom nem ruim, pois ser raro é ter também defeitos raros. Cuido bem dos meus defeitos para superá-los, assim como cuido de minhas plantas.

  Tenho aprendido muito neste ano onde estou sendo regido pelo signo de gêmeos. Tenho mágoas e corujas de pelúcias, alguns CDs raros e qualidades raras também, mas há dias que nem eu me suporto, sendo assim, fico em casa, ninguém merece o meu mal humor. Escrevo muito, estudo menos do que deveria, pois gosto de fazer tudo por prazer, inclusive obrigações, por esse motivo, bebo vinho enquanto ponho minhas cadernetas em dia e tomo chá de maça antes de dormir. Tenho insônia e dificuldade de assistir a TV, entretanto, gosto do Programa do Jô e de outros programas com entrevistas. Gosto de gente, já pensei em fazer um curso de Psicologia ou outro mestrado, desta vez em Antropologia, mas sigo na minha área que é História.

  Acho que em alguns momentos a humanidade é cruel, mas não me sinto vítima dela nem acho que nenhum de nós sejamos, o que nos faltam muitas vezes só são duas coisas: uma depende de nós: coragem; e outra, das pessoas: solidariedade. Mesmo assim, não desisto de crer no ser humano, nem desisto de mim. Às vezes, me sinto um merda; outras, um herói e, assim, caminho em busca do equilíbrio. Fiz Yoga, mas desisti, assim como desisti de aprender inglês tantas vezes; já fui espiritualista, hoje me vejo cientista, algumas vezes desacredito em Deus, outras tenho fé.

  Busco a justiça, faz parte do meu signo, sagitário, busco um amor equilibrado, nem totalmente independente, nem uma relação em que eu precise ser professor, isso deixo para minha vida profissional. Esta me equilibra, mas não quero ser visto apenas como professor, eu não nasci professor, porém o reconhecimento me dá uma sensação de bem-estar, de missão cumprida. Escrevi livros, publiquei alguns; plantei árvores ao lado de minha casa; tenho dúvidas se quero ter filhos. Tenho medo da velhice, mas não acho que ninguém tem obrigação de sacrificar-se pelo outro, filhos não é um seguro, é um ato de amor à humanidade, por isso não se brinca com vidas. Não costumo brincar nem com minha vida e nem com as dos outros.

  Amigos dizem que levo tudo muito a sério, seja a questão da água, até mesmo coisas corriqueiras. Fazer o quê? Sou intenso em tudo! A vida é uma arte cheia de mistérios, mas tudo não passa de códigos elaborados por Deus. Alguns nem fazem questão de entender, outros passam a vida inteira em busca. Alguns se tornam imortais para os homens por decifrar poucos códigos, Einstein é um exemplo disso. Outros ganham dinheiro tentando vender um método de “não levar a vida muito a sério”. Não vim ao mundo para assistir a vida passar, vim para ir à luta. Odeio covardia e injustiça. Sou vaidoso e me admiro, mesmo me sentido feinho, às vezes; outras, eu digo para mim mesmo “Oh, Cabra feio da peste!”, depende da lua e, quando a lua está bem, eu digo para mim no espelho: “Eu namoraria comigo mesmo”.

  Sinto tesão pela vida, depende do dia, é claro! Tem certos dias que gostaria de estar em outra dimensão, pois me canso deste plano, mas não da vida, pois acredito em um mundo melhor, só não sei se estarei aqui ainda quando nosso país for mais justo e as pessoas menos egoístas.

  Penso muito antes de dormir e como chocolate. Odeio fotografia 3x4 e gente que acha que todas as pessoas do mundo são injustas. Ora, será que não pensam que elas têm um olhar turvo sobre a humanidade? Já conheci gente linda, justa, feliz que não sabe de geografia, economia, história ou qualquer outra forma de ciência. Elas preenchem minha alma, deixo-as guardadas para momentos especiais e de reservas, tomo vinho, café ou chá com elas, outras vezes tomo um rumo na vida com suas palavras e sabedoria. Ficarei triste no dia que terei de deixá-las ou elas me deixarem para seguir noutro plano, que não sei exatamente como é lá. E quem sabe? Só temos teorias, estas nos ajudam a viver e a esvaziarmo-nos da poeira da vida. Não consegui me defini neste perfil que pus numa página de relacionamentos, mas defini o que penso e sou o que penso, por isso mudo quando repenso determinados valores e causas. Geralmente repenso se minhas atitudes estão me fazendo um ser feliz e aos outros também. Acredito que não é fácil viver, mas acho que é mais difícil morrer, por isso gosto tanto da vida, e fujo da morte. Um dia, eu sei, ela me encontrará.

(Crônica: Perfil? autoria: Siéllysson)

Participações

 Siéllysson participou de Movimento de Teatro Popular em Santa Rita, cujo objetivo era conscientizar politicamente os moradores deste município.

  Pertenceu às pastorais da Juventude Estudantil e da Juventude do Meio Popular, na Comunidade Católica, sendo responsável pela formação de adolescentes durante 5 anos.

  Participou como membro da Organização Não Governamental Engenho Cumbe, cujo objetivo é desenvolver trabalhos voltados para a área de Educação e Cultura no município de Santa Rita, onde permaneceu por 3 anos.

  Já participou por 4 anos consecutivos do Programa Federal de Política Pública para Jovens PRO JOVEM URBANO, nos municípios de João Pessoa e Cruz do Espírito Santo.

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